No primeiro trimestre de 2018, um tremor inexplicável ocorreu no bairro Pinheiro, uma região tradicional de Maceió. O incidente foi acompanhado por rachaduras em edifícios, aberturas nas vias e formação de crateras sem uma causa imediata óbvia. A situação parecia ter se agravado após um período de chuvas intensas no mês anterior. Diversas hipóteses foram levantadas, incluindo um possível reajuste do solo ou problemas com a antiga rede de esgoto.
Naquele ano, danos semelhantes foram identificados em bairros vizinhos como Mutange e Bebedouro. Em meados de 2019, o bairro Bom Parto também relatou prejuízos significativos em imóveis. Diante disso, o Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) iniciou uma investigação para entender o que estava acontecendo, e a hipótese de um fenômeno geológico natural foi descartada à medida que a pesquisa avançava.
Após doze meses de estudo e a contribuição de 52 cientistas, foi concluído que a causa dos danos era a extração de sal-gema realizada pela empresa petroquímica Braskem. O fenômeno foi classificado como subsidência, que é a diminuição da superfície do solo devido a mudanças na estrutura subterrânea. A Defesa Civil Municipal e Nacional, sob orientação do Ministério Público Federal (MPF), monitoraram o processo, inspecionaram as propriedades e identificaram as que precisavam ser evacuadas imediatamente.
A extração de sal-gema em Maceió começou nos anos 70. Até a publicação do relatório do SGB/CPRM, havia 35 poços de mineração na área urbana. Os pesquisadores concluíram que o tremor de 2018 foi provocado pelo colapso de uma dessas minas, e que existem outras minas deformadas e desmoronadas. O Ministério Público Federal em Alagoas tem acompanhado o caso desde o registro do terremoto, com o objetivo de determinar as causas e proteger vidas.
Segundo a prefeitura, a Braskem realizou uma "extração inadequada de sal-gema" até 2019. A operação em Maceió envolvia a perfuração de poços até a camada de sal, que pode estar a mais de mil metros de profundidade. Em seguida, a água era injetada para dissolver o sal-gema e formar uma salmoura. A solução era então trazida à superfície sob pressão. Depois da extração, esses poços precisavam ser preenchidos com uma solução líquida para manter a estabilidade do solo. O problema ocorreu devido ao vazamento dessa solução líquida, deixando buracos na camada de sal. Isso levou à instabilidade do solo e ao tremor de 2018.
A Braskem encerrou a exploração das minas em maio de 2019 e afirma ter pago R$ 3,7 bilhões em indenizações e auxílios financeiros para os moradores e comerciantes dos bairros afetados.
Especialistas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) já alertavam para o risco de subsidência em Maceió há mais de uma década. A Defesa Civil de Maceió informou que o colapso pode ocorrer a qualquer momento.
O colapso da mina 18 da Braskem em Mutange pode ocorrer de duas maneiras: drasticamente ou gradualmente.
A primeira, de forma drástica, seria um colapso repentino e maciço da mina, causando um impacto imediato e significativo na área circundante. Isso poderia resultar em danos materiais extensos e potencial perda de vidas.
A segunda maneira, de forma gradual, seria um afundamento lento e constante da mina ao longo do tempo. Embora menos imediatamente devastador, este cenário ainda poderia causar danos significativos a longo prazo, como a desestabilização de estruturas e a alteração do terreno circundante.
A Defesa Civil está monitorando a situação para detectar quaisquer sinais de colapso iminente.
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Referências: https://www.mpf.mp.br/grandes-casos/caso-pinheiro/arquivos/entenda-o-caso
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/colapso-em-mina-de-maceio-veja-o-que-se-sabe-sobre-o-caso
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