Se alguém te perguntasse qual a sua opinião sobre a qualidade de vida das crianças de hoje em dia, você diria que é melhor ou pior do que a que você experimentou na infância?
Muito provavelmente você nem pensou muito e já respondeu, de pronto, que é claro que as suas condições de vida na infância eram muito melhores, afinal, você brincava na rua até tarde sem preocupações, os brinquedos eram bola, corda e assemelhados e as redes de fast food ainda não tinham se instalado em definitivo por aqui para contribuir com a obesidade infantil.
Pois saiba que você e muita gente pensam a mesma coisa. Um novo estudo da revista acadêmica Academic Pediatrics revelou que menos de um terço dos adultos acredita que as crianças de hoje são mais saudáveis fisicamente em comparação com as de sua infância.
É para se pensar.
Afina, a evolução, o progresso, o avanço do conhecimento não traria, naturalmente, melhorias visíveis na qualidade de vida?
Pois é, mas este “update”, curiosamente, trouxe a reboque uma barreira para ele mesmo.
Embora tenhamos atingido níveis incríveis de progresso na prevenção de doenças e no desenvolvimento de curas que reduziram – expressivamente – as doenças infantis, estamos muito aquém do que seria necessário no que tange a questões contemporâneas de saúde infantil, como o equilíbrio mental, bullying, segurança e obesidade.
Quando pensamos nos recursos que previnem a obesidade, por exemplo, nos deparamos com as dificuldades que a Educação Física enfrenta hoje em dia, como o reduzido tempo disponível para atividades físicas (em geral, disputado com diversões eletrônicas) e o consumo desmedido de alimentos industrializados, não preparados em casa.
A pesquisa americana apontou apenas duas melhorias experimentadas pelas gerações atuais de crianças (por lá, né?): qualidade da educação e qualidade dos serviços médicos.
Neste cenário, a missão dos professores de Educação Física é ainda mais importante, visto que são eles as pessoas mais habilitadas para estimular o gosto pelo exercício e, assim, combater os riscos representados pela obesidade e sedentarismo infantis.
[Fonte: Portal da Educação Física]