Quantas vezes você já não ouviu a respeito do avanço – desenfreado – do desmatamento na Amazônia?
Inúmeras, não?
Para quem não está na região e só ouve, repetidas vezes, notícias a respeito dela, a sensação pode até ser a de que o enorme tapete verde – que conta com 5.500.000 km2 de extensão (60% em território brasileiro) – é infinito e resistirá, para sempre, à ação predatória do homem.
Mas a realidade é bem diferente.
O chamado “Arco do Desmatamento”, na Amazônia, tem 500 mil km2 de terras (que passam pelo Pará, Mato Grosso, Rondônia e Acre). É nesta área – onde a fronteira agrícola avança em direção à floresta – que acontecem os confrontos mais violentos entre quem protege o verde e quem quer desmatar para garantir sua sobrevivência.
Uma matéria, recente, publicada no jornal britânico The Guardian trouxe números tão grandiosos quanto a Amazônia, porém, perturbadores.
O texto informa que até 95% do desmatamento na região é ilegal, impulsionado por garimpeiros, pecuaristas e pequenas propriedades rurais irregulares, bem como pelas novas áreas de incursão abertas por projetos de infraestrutura (como estradas e represas). O jornal segue contando que, de acordo com as autoridades ambientais, cerca de 80% das áreas desmatadas tornam-se pastos e que, ainda que o desmatamento no Brasil seja, hoje, muito menor do que no pico registrado em 2004 (quando uma área maior do que a Macedônia foi dizimada), a área atingida vem aumentando, a olhos vistos, de 2012 para cá.
Fica a impressão de que, por vezes, é preciso que estrangeiros façam um raio-x da situação para que acordemos da letargia e possamos entender que é na nossa casa que tamanha agressão ao meio ambiente está acontecendo.
Você tem ideia do tamanho da Macedônia?
[Fonte: G1// Nova Ética Social]